Dor crônica nas costas e irradiada
No Brasil a prevalência durante a vida de dor nas costas varia de 60% a 80% e, em alguns casos, a dor se torna crônica. A demora em buscar ajuda especializada agrava na maioria das vezes os sintomas provocando alteração do sono, insônia e diminuição da atividade física por causa do medo do movimento.
Como se define a dor crônica nas costas?
A dor crônica nas costas é definida como a dor que persiste ou recorre por mais de 3 meses, podendo provocar sintomas irradiada nos braços e pernas. O mau funcionamento dos músculos e articulações da coluna leva a uma incapacidade física, psicológica e social.
No Brasil, 40% das pessoas relatam dores nas costas durante um ano e 10 milhões apresentam incapacidade funcional associada à dor lombar.
A dor nas costas atinge 1/3 dos brasileiros durante o ano, e seu impacto sócio-econômico é significativo. É a causa mais frequente de incapacidade em pessoas de menos de 45 anos de idade.
Mais de 5 milhões de brasileiros têm hérnia de disco (dados do IBGE de 2012), e a dor nas costas é a recordista nacional em afastamentos do trabalho. Em um ano foram 160 mil licenças trabalhistas, dados do IBGE de 2011.
Quais os principais sintomas?
Os principais sintomas que afetam a coluna, cabeça, braços e pernas são as dores, queimação, dormência, formigamento, fisgada e rigidez. Na maioria das vezes os sintomas vem acompanhado da incapacidade musculoesquelética que está presente por causa do medo do movimento.
O que provoca a incapacidade funcional (diminuição dos movimentos) musculoesquelética?
A demora em buscar ajuda especializada provoca a diminuição da atividade física por causa do medo do movimento, e o uso indiscriminado de analgésicos e anti-inflamatórios provoca alterações no sono como dificuldade em encontrar uma posição de dormir.
A perda do movimento normal e natural de certas articulações e músculos do corpo são caracterizados por uma disfunção, que leva na maioria das vezes a um bloqueio da articulação provocado por desgastes de determinados tecidos como discos vertebrais, ligamentos, tendões, cartilagens e nervos.
Exemplos de disfunção musculoesquelética
– Levantar e sentar com dificuldade de uma cadeira;
– Levantar da cama sentindo dores e rigidez;
– Andar ou correr sentindo limitação dos movimentos com ou sem sintomas;
– Entrar e sair do carro com dificuldade ou após algumas horas de viagem;
Muitas vezes os pacientes procuram ajuda após muito tempo e já com múltiplas disfunções e dores irradiadas, ou seja, em vários lugares dos músculos e articulações.
É comum as dores começarem, por exemplo, na coluna lombar baixa, depois evoluir para a coluna torácica, pescoço, e depois para os braços, mãos, pernas e pés.
Quanto mais espalhados os sintomas piores são as condições dos tecidos que sofreram deformações e desgastes em suas estruturas. A tendência é que os sintomas como dores, dormência, formigamentos, fisgadas passem a aumentar a sua intensidade e frequencia do aparecimento.
Por que a postura é tão importante na prevenção de dores crônicas de coluna e irradiada?
A beleza do desenho corporal fica comprometida quando as disfunções, ou seja, a incapacidade funcional provoca sintomas nos músculos e articulações, causando assim a piora do alinhamento da coluna provocada pela fuga do corpo na direção do alívio.
A postura é a forma que o corpo encontrou para manter os músculos e articulações equilibrados, para contrapor a gravidade e as forças externas existentes.
A má postura, por exemplo, leva a um mau funcionamento de certas articulações e essa condição é absolutamente normal e natural, apesar do alinhamento do corpo não apresentar uma boa estética.
É preciso ficar atento, pois, sentar errado, movimentos repetitivos e carregar um objeto pesado e de forma errada pode levar a uma disfunção musculoesquelética e possíveis dores.
O que dizem os estudos sobre a origem dos sintomas que provocam as dores crônicas nas costas e irradiadas
A maioria das dores musculoesqueléticas é de origem “mecânica“, ou seja, é provocada por uma posição ou movimento que é aplicado nos músculos e articulações, surgindo assim, a disfunção.
A estrutura que mais provoca sintomas na coluna, por exemplo, é o disco vertebral, uma espécie de amortecedor localizado entre as vértebras da coluna.
Cerca de 90% dos casos de dor na coluna não apresentam nenhum tipo de lesão demonstrável, e alguns estudos mostram que numa população de pessoas com hérnia de disco comprovada por exames de Ressonância Magnética, 76% delas não sentem dor. Foi comprovado nesses estudos que não existe correlação entre tamanho da hérnia e os seus sintomas de dores diretamente na coluna.
O portador de dor crônica na coluna deve preservar os movimentos livres e as posições corretas do corpo
Tudo que existe numa articulação e nos músculos quando deixam de realizar as funções a que foram criadas podem provocar sintomas. O movimento, por exemplo, é uma das funções mais importantes do corpo e os músculos e articulações os principais responsáveis por este feito.
Uma disfunção ou perda dos movimentos dos músculos e articulações podem provocar sintomas na forma de dor, formigamento, dormência, queimação, pontada, choque, etc. O autocuidado sempre foi e continua sendo a melhor forma de prevenção e o melhor remédio para as lesões, e conquistamos isso procurando ajuda especializada.
O portador de dor crônica na coluna deve estar atento a diminuição dos movimentos da coluna, pernas e braços, bem como, a sua postura.
A Romaria pelo diagnóstico correto
A falta de consenso nos diagnósticos dos problemas de coluna contribui para o aumento dos quadros crônicos, resultando cada vez mais em estatísticas desanimadoras.
A maioria das pessoas com tensões, dores, queimação, dormência, formigamento e rigidez persistentes “localizadas” nos músculos e articulações não sabem como e quando tudo começou. A demora em procurar ajuda especializada torna essas manifestações mais persistentes e limitadoras do movimento.
Muitos quadros de dor crônica na coluna se tivessem uma avaliação adequada, um diagnóstico correto e um tratamento especializado, poderia reduzir e abolir consideravelmente as dores.
Os principais motivos que levam a dor crônica nas costas
– Diagnósticos errados;
– Uso indiscriminado e automedicação de analgésicos e anti-inflamatórios não esteróides;
– A demora em buscar ajuda especializada;
– Falta de um programa educacional e de capacitação dos profissionais de saúde e da população.
Um custo irreparável para o capital humano e social
De acordo com dados da Previdência Social, a dor de coluna responde por quase 160 mil licenças do trabalho por ano. As perdas de pessoas em plena capacidade laborativa são grandes e, em geral, afetam pessoas ativas, entre 40 anos e 60.
A falta de capacitação dos médicos para lidar com pacientes com dores crônicas e a necessidade de um tratamento por uma equipe multidisciplinar, que inclua fisioterapeutas, psicólogos e médicos da dor, levam ao aumento dos casos de dor crônica de coluna.
O que pode estar por trás dos sintomas das dores crônicas nas costas?
A discopatia degenerativa é uma das causas mais comum de dor na coluna e irradiada, podendo provocar tensões, dores, queimação, dormência, formigamento e rigidez nos músculos e articulações.
A discopatia degenerativa cervical (pescoço) e discopatia degenerativa lombar provocam sintomas no pescoço e na coluna lombar, e muitos desses sintomas se manifestam de forma irradiada, nos ombros, braços e mãos, e quadril, joelhos e pés.
Muitos dos sintomas na cabeça, braços, mãos, quadril, joelhos e pés podem ter origem na coluna. Outras manifestações de dores, queimação, dormência, formigamento e rigidez muitas vezes antigas e que só foi levada a sério após os sintomas tornarem agudos e persistentes.
A dor aguda e persistente provoca uma mudança considerável no humor, sono, nas relações de trabalho, na relação familiar e na capacidade física, diminuindo consideravelmente a qualidade de vida.
Como obter um tratamento eficaz e ficar livre desse sofrimento
Um tratamento eficaz para dor crônica nas costas desenvolvido pela Fisioterapia Avançada é aquele que consegue mapear toda a história da disfunção musculoesquelética, apresentando o caminho contrário para restabelecer o movimento normal e abolir os sintomas.
O principal papel do profissional fisioterapeuta é restabelecer a função do sistema musculoesquelético e para que isso ocorra é utilizado o movimento como a mais importante ferramenta.
A experiência profissional e a técnica eficaz aliados ao trabalho humanizado são determinantes para um tratamento que possibilite identificar a disfunção e a origem dos sintomas na coluna e irradiada, possibilitando assim, um tratamento rápido, realizado em poucas sessões, sem medicamento ou cirurgia.
O método McKenzie de Diagnóstico e Terapia Mecânica (em inglês – Mechanical Diagnosis and Therapy – MDT) foi criado pelo fisioterapeuta neozelandês Robin McKenzie por volta de 1956, que se especializou no tratamento dos distúrbios musculoesqueléticos que atingem a coluna e os membros (braços e pernas).
O método McKenzie não visa apenas a solução dos sintomas atuais, mas também a prevenção, a longo prazo, da incidência de novas crises.
Além de ser um tratamento rápido, eficaz e seguro, visto que geralmente são necessárias poucas sessões (5 a 7 sessões) para o alivio dos sintomas, o paciente pode fazer exercícios em casa ou no trabalho, evitando as idas ao consultório do fisioterapeuta.
Você não tem que viver com dores crônicas nas costas, muito menos na cabeça, braços e pernas.
Você pode ficar livre desse sofrimento, é só querer!
Visto primeiro em: Dr. Abnel Alecrin