CORONALIXO: extenção do lixo pandêmico.
Pesquisadores holandeses criam banco de dados colaborativo para mapear vítimas do descarte inadequado de lixo pandêmico, nomeado popularmente como Coronalixo.
Coronalixo – De acordo com a reportagem publicada site Píaui Folha de São Paulo, foi realizado um estudo pelos biólogos holandeses Liselotte Rambonnet, e Auke-Florian Hiemstra, sobre os impactos ambientais que o lixo causa na vida selvagem há anos. Especializado em ciência cidadã, o biólogo evidenciou os vestígios deixados pelo descarte incorreto dos itens usados na prevenção contra a covid 19.
Juntos, eles coordenam um projeto chamado Plastic Spotter, que reúne cerca de 400 voluntários dedicados a encontrar e retirar resíduos plásticos dos canais do Centro de Leiden, cidade a 45 km da capital Amsterdam. Após a confirmação do primeiro caso da doença no país, o grupo começou a encontrar máscaras descartáveis nos canais de Leiden. A pandemia fez disparar a produção de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), e um estudo publicado em fevereiro deste ano estima que a humanidade esteja utilizando, por mês, 129 bilhões de máscaras e 65 bilhões de luvas.
Tendo em vista observado uma maior utilização nos EPIs (equipamentos de proteção individual, a mudança no perfil dos resíduos encontrados em Leiden, chamou a atenção dos cientistas, que deram início à primeira pesquisa voltada a compreender a extensão dos danos do lixo pandêmico, denominado como coronalixo.
O descarte inadequado do plástico está afetando todos os tipos de animais, visto que, o material demora centenas de anos a se decompor e deixa resíduos menores chamados de micro plásticos, originando assim danos difíceis de mensurar.
A frequência de acidentes ocorridos em animais, não são só gaivotas que se enroscam nem só peixes que ficam presos em armadilhas. O estudo iniciado em agosto de 2020, apontou que dessas observações, a interação animal com o lixo pandêmico, disparou seu crescimento, tornando-se alarmante.
Adotando o uso da hashtag #glovechallenge, utilizada para compartilhar observações sobre o uso de luvas e máscaras, os biólogos tiveram acesso a 11 mil fotos de coronalixo ao redor do mundo. Também citam no artigo um projeto holandês que registrou 6.347 casos de lixo pandêmico poluindo o país em maio e junho de 2020. O aumento de produção e consumo leva à inevitável interação desses itens com a vida animal.
A fim de prevenir tais acidentes, grupos de ambientalistas a fazerem o descarte correto de tais EPIs, garantindo assim a sobrevivência de toda a cadeia. Segundo os biólogos, governos e indústrias deveriam levar em consideração o impacto ambiental causado pelo descarte incorreto, e mobilizar a população através de campanhas, informativos, para que as pessoas tenham conhecimento sobre os efeitos do plástico no meio ambiente.
É de extrema importância adotar as medidas necessárias para o combate ao coronavírus. Para isso, criamos este artigo apresentando exemplos de como melhorar a higiene das mãos e previnir doenças.
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